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#1 Gostoso demais

casatreseditora.substack.com

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Estamos aqui, na sua caixa de entrada do e-mail, porque, basicamente, buscamos saídas para mantermos vínculos sólidos e perenes com nosso público

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Jan 31
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#1 Gostoso demais

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O alcance do perfil da Casatrês, no Instagram, cai a cada dia, e sabemos que não é diferente para a maioria das pessoas que estão lá, seja com seus perfis pessoais, mas, principalmente, com suas contas profissionais.

O fenômeno da decadência do Instagram é cada vez mais nítido. A cria predileta do Meta, agora, é o Metaverso, projeto de grande furor e expectativa em que a Big Tech investe alto, com grana e potencial criativo. Há quem diga que o tal Metaverso tem tudo para ser um novo Second Life (quem se lembra?).

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Low Poly 3D People of Second Life
Jogando Second Life em baixa resolução para não travar.

Um ponto fulcral, talvez menos discutido e refletido do que deveria, segue em expansão: grandes corporações estrangeiras de tecnologia, ávidas pela captura do futuro, da colonização dos nosso desejos, funções bioquímicas, sinapses, fabricam, com cada vez mais força e engenhosidade, as frenéticas novas formas e novos meios de interação humana. Sem uma organização de oposição, em larga escala, apta a desenvolver alternativas ao império tecnológico do capitalismo tardio, nos encontramos, aparentemente, apenas de mãos atadas, aguardando, eufóricos ou deprimidos, a atualização de mais uma hegemonia tecnológica e, como consequência, a nova plataforma digital onde todos, em breve, estaremos.

Duas questão seríssimas, que nos incitam imaginação e memória, são válidas de levantar: qual será o mundo digital que habitaremos daqui a dez, quinze, vinte anos? Nossa resistência às transformações do mundo digital, afinal, tem aumentado ou diminuído ao longo dos anos?

Curiosamente (ou não), o e-mail não perdeu espaço, nem virou cafona. Apesar de toda a diversidade de comunicações possíveis pela internet, ainda usamos a primeira. E agora, como quem resgata o que há de mais sólido, tradicional e bem resolvido, voltamos nossa atenção às mensagens que chegam em endereços definidos, destituídas de filtro algorítmico. O e-mail, aquele que nunca se pretendeu a nos sequestrar a atenção durante horas; que não derrete nossa capacidade cognitiva com excesso de estímulos sem pausa; que não nos obriga a ver anúncios hipersegmentados; que não escolhe o que vamos ver ou não; que não gera ansiedade, FoMo, taquicardia, insônia, egotrip, comparação com a vida alheia ou ciberforia. (Na verdade, sintomas como estes podem surgir em caso de excesso de assinaturas em newsleters, trabalhos atrasados e coisas do tipo, mas acho que deu para entender a comparação.)

Enfim, o e-mail nos permite receber uma mensagem e acessá-la quando quisermos, sem o risco de que ela desapareça (alguns e-mails, inclusive, envelhecem como vinho). A interface de leitura é incrivelmente mais adequada e confortável, sem distrações de ícones implorando para serem clicados, vídeos reproduzindo automaticamente etc. O e-mail dá tempo e espaço para o aprofundamento de uma ideia escrita enquanto suporta diversas mídias. O e-mail é tudo de bom.

Divagamos. Nosso objetivo com este texto não era, necessariamente, discutir sobre redes sociais, futuro das tecnologias e afins — mas temos nos sentido cada vez mais compelidos a fazer isso quando, de repente, enxergamos a necessidade de marcar presença em uma nova rede social.

No mais, agora também estamos aqui, na sua caixa de entrada do e-mail, porque, basicamente, buscamos saídas para mantermos vínculos sólidos e perenes com nosso público. A alternativa mais simples e relativamente inteligente (não exatamente a ideal) foi arranjar um espacinho na crista da onda das newsletters e — adivinha? — criar uma conta no Substack.

Parêntese: nos esforçamos para derrubar o uso massivo de termos em língua inglesa na internet e, por isso, arriscamos alguns neologismos. Daqui para frente, em vez de newsletter, usaremos niusleter. Tal abrasileiramento da palavra já se encontra na Farfalhada niusleter (talvez você conheça). Vamos adotar. Newsletter, não: niusleter. Seguimos.

Para quem não o conhece, Substack é uma plataforma de publicação de niusleter. A mais em voga no momento, gratuita, interface bonita, algumas boas propostas. Ao mesmo tempo, mais do mesmo, ancorada em velhos modelos: plataforma de código fechado, originária do Norte Global, mais uma startup inserida na lógica financeirista, com altos investimentos de acionistas que querem seus lucros etc.

Apesar dos pesares, nossa aposta é que, no momento, o Substack pode bem servir a Casatrês na atividade de abrigar nossos conteúdos: texto, principalmente, mas também o Caseiríssimo, podcast que gravamos desde 2020 e que agora, além de estar no Anchor e no Spotify, também está aqui.

Assim, pretendemos estabelecer vínculos ainda melhores com você, que agora nos lê, nos acompanha com frequência, compra nossos livros. Também é uma tentativa de atenuar a dependência que temos do Instagram e, principalmente, nos desviar de toda e qualquer cogitação de pararmos no TikTok.

A ideia inicial é publicar, neste novo espaço, às terças-feiras, muito do que temos publicado no Instagram (notícias de lançamento, trechos e sinopses de obras, resenhas, bastidores das confecções), mas também textos inéditos e literários, como colaborações de gente que admiramos. Sem muitas certeza, vamos experimentando. E convidamos você a acompanhar a gente nesse outro canal, nessa nova rota, nessa estratégia de desvio.

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3 Comments
Ana Carolina
Jan 31Pinned

vcs acabaram de ressignificar minha terça-feira. Já ansiosa pelo que vem aí na semana que vem!!

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1 reply by Casatrês editora
Fabricio C. Boppré
Feb 1

Que ótima ideia! Sobretudo generosa para com aquela minoria que não utiliza nenhum serviço que seja relacionado ao Facebook. Eu, que me incluo nesta minoria, não tenho conta no Instagram e por isso estou sempre meio que por fora do mundo. O que não é necessariamente uma coisa ruim. Mas as notícias sobre a Casatrês eu quero tê-las sempre.

Um comentário: ainda considero o email a melhor coisa da internet (inclusive tenho um do Felipe aqui na minha caixa de entrada, para responder em breve), mas não sei se a turma mais nova concorda conosco...: https://www.theguardian.com/technology/2023/jan/20/davos-elite-say-gen-z-workers-prefer-chat-to-email

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